03/03/2013

"Ray of light" comemora 15 anos de vida!


Boa música não tem idade. Disso acredito que você não deve discordar de mim, provo isso com este post falando sobre os 15 anos do disco "Ray of Light", o sétimo disco de estúdio de Madonna. O mais apurado, o mais verdadeiro, o mais ousado e o mais revolucionário.


Lançado em 3 de março de 1998, depois de uma época de muito grunge e o começo de uma era teen nas rádios e na MTV, Madonna foi além em suas pesquisas e depois de 4 meses e meio em estúdio entregou ao mundo um disco completamente diferente de tudo, em parceria de alguém que ninguém tinha ouvido falar, o magistral produtor William Orbit

Madonna por Mario Testino nos bastidores da sessão de fotos do disco

Ela tinha acabado de sair de um época dourada, depois do sucesso e reconhecimento com Evita e o nascimento de Lourdes Maria, sua primeira filha. Madonna estava radiante, feliz, saudável, segura e madura. Pronta para contar pro mundo um novo ponto de vista, um amor jamais visto em outro disco dela. Até hoje fico espantado com a coragem dela de ter lançado "Frozen" como primeiro single. 


O disco traz letras introspectivas, metafóricas, verdadeiras e apaixonantes. A gente nunca tinha ouvido Madonna falar sobre frieza de um amor, da possibilidade de trocar a fama por amor e de uma energia inexplicável que a fazia se jogar no mundo.  Tudo isso com muito techno, guitarras e sons estranhíssimos. Esse era o começo de uma era primorosa.


Envolvida e completamente segura deste projeto, ela buscou formas de expor o trabalho de forma espetacular: realizou videoclipes únicos, trocou de roupas, mudou o cabelo, se uniu com grandes estilistas, fotógrafos e diretores. Era a Madonna forte que queria ser vista e ouvida. 


Performance épica no VMA 98

Ray of light vendeu mais de 24 milhões de cópias pelo mundo, ganhou não sei quantos prêmios pelo mundo, 3 Grammys e adoração de antigos fãs, velhinhas e novos fãs - eu era um desses, que não entendia o som da faixa principal mas que amava o remix dance de "Frozen". Só fui ouvir o disco por inteiro um ano depois do lançamento, para entrega total.

Prêmios e performance no Grammy de 1999

Minha admiração por Madonna sempre foi latente, mas tímida. Afinal, pra uma criança ainda era difícil deixar de querer ouvir Xuxa ou Spice Girls para ouvir uma trintona/quarentona, mas foi em 1999, ao assistir o clipe de "Nothing Really Matters" (último single da era) - que nunca saía do Disk MTV (sdds Sabrina Parlatore) - pensei "Meu Deus do Céu, ninguem vai conseguir chegar a este nível: artisticamente, visualmente e musicalmente". A partir daí  me entreguei por completo e comecei esse estudo aprofundado sobre o trabalho dela, que até hoje me instiga e fascina. 


Os anos podem passar, Madonna pode produzir materiais de qualidade duvidosa e não vender mais como antes (quem vende ainda?), mas as conquistas artísticas dela, isso ninguém jamais poderá tirar. Vamos aumentar o som e ouvir com muito gosto este disco cheio de luz que agrada gregos e troianos.

por Rafael Froner


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