19/05/2011

O Renascimento de Lady Gaga em “Born this way”

Como todo mundo que curte música pop sabe: o novo cd de Lady Gaga, Born this way, já vazou! "Demorou" mas vazou. Sendo assim, todos tivemos a oportunidade de ouvir o terceiro álbum da cantora novaiorquina antes de chegar nas lojas, dia 23 de maio.
Como este será um álbum épico para o mundo pop, não poderia deixar de fazer um post especial sobre essas faixas que irão nos acompanhar por muitos e muitos anos. Para isso, resolvi convidar meu amigo Diego Hutchings (do Tumblr Mraziano) - que me apresentou Gaga em 2008 – para dividir nossa experiência nesta primeira audição de Born this way.

Parem suas motos na BR e venham conosco!

Marry the Night
Diego: Escolha perfeita para iniciar (e resumir musicalmente) o álbum. O começo com o piano parece inofensivo. Mas é só chegar o primeiro verso que tudo explode (da melhor maneira possível) em batidas anos 90. Sem falar do breakdown per-fei-to no final.
Pelamordi: Esse é o carro-chefe do álbum que nos leva a muitas emoções com o passar da faixa, sem contar que a letra traduz bem o espírito de liberdade e superação que irá seguir pelo resto do álbum. Achei linda a faixa e entra para a lista das minhas preferidas.

Born this Way
Diego: Sei que o Rafa não curte, mas não consigo ver defeitos na canção. A produção é impecável. Sim, é meio brega, mas é a mensagem que transforma a canção num hino instantâneo. E só a Gaga consegue fazer isso.
Pelamordi: Como todos sabem "eu não curto born this way", mas a ouvindo dentro do álbum ela faz mais sentido. Claro que ela tem uma letra bacana, claro que a melodia dela é interessante, mas não me conquista - ainda acho uma "demo". 

Government Hooker
Diego: Pela estrutura esquisita da canção, ela parece um interlude. Mas incrivelmente, ela funciona e é uma das faixas mais marcantes do álbum. DJ White Shadow merece um parabéns.
Pelamordi: Adoro essa introdução que Gaga fez na faixa, êtavoz maravilhosa que essa menina tem, né? Adoro essa faixa - desde quando ela surgiu no desfile do Mugler. Entra fácil em qualquer balada e faz muita gente suar na esteira (eu!).

Judas
Diego: Se "Bad Romance" e "Alejandro" tivessem um filho, seu nome seria "Judas." Apesar de curtir muito as batidas e o refrão, eu não gosto do jeito que ela canta/fala os versos (apesar do breakdown no final ser bem épico). E claro, falar "ew" do nada é sempre legal.
Pelamordi: Eu sei que vocês adoram essa faixa, mas acho a letra pretenciosa demais ("opa! vou polemizar utilizando uma metáfora bíblica!"). Não curto. Agora, o breakdown dela...é fodástico. Só.





Americano
Diego: Ouvindo pela primeira vez, a canção pode parecer meio confusa. Mariachi? Mérrico? Huh? Mas quando parei pra ouvir as letras, as temáticas da proibição do casamento gay e da imigração são exploradas de forma divertida sem parecer uma aula de política pros monsters.
Pelamordi: Que bela surpresa essa faixa, viu! Muito interessante, rica e como levou a lembrar de Gogol Bordello. Acho que funciona também muito bem na pista.

Hair
Diego: Sem dúvida, a canção mais pop do álbum. O que diferencia de tudo que se ouve no rádio é a produção fodástica do DJ White Shadow. Lembra muito "Born This Way" na sua mensagem de "seja feliz do jeito que você é".
Pelamordi: Essa é uma das faixas mais anos 80 do álbum, é muito gostosa e como Gaga já está se mostrando mestre em fazer: o breackdown merece respeito. 

Schiße
Diego: Parece ser uma canção de alguma discoteca aleatória do leste europeu, mas na verdade (quem diria?!) é o hino feminista do álbum. Além de significar "merda", Schiße (pronuncie esse ß como se fosse 'ss', e não um 'B' porque PELAMORDI é cultura também) quer dizer "testículos". Entre batidas loucas, Gaga deseja ser forte sem schiße, mas todos nos já sabemos que ela é.
Pelamordi: Eu adoro o gritinho e sinto uma vontade louca de fazer aeróbica quando ouço esse instrumental! rs - brincadeira. É uma das mais anos 90 e tem um refrão muito gostoso de cantarolar.
Bloody Mary
Diego: A canção que menos curti. Não sei se é porque sou ateu e não curti todas as referências à Jesus, crucifixo, Maria... As batidas me lembraram "Paper Gangsta", o que não é uma boa referência pra mim.
Pelamordi: O Diego não curtiu muito mas eu adorei, gostei do ritmo e até da letra. Agora, toda vez quando vai começar o refrão eu juro que ela vai cantar "Don't you want me baby, don't you want me ohh?" do Human League - não me pergunte porque. 

Bad Kids
Diego: Refrão direto de algum cassete esquecido em 1992 + aquela boa e velha vontade de ser rebeldezinho = canção pop gostosa.
Pelamordi: Essa é uma das minhas preferidas - eu adorei a letra (me identifiquei muito). Se você é um dos filhos rebeldes que nunca aceitou um "não" como resposta, essa faixa é para você! 

Highway Unicorn (Road to Love)
Diego: Gosto da mensagem de ser forte quando você busca o amor e tudo mais. Mas o que salva a canção pra mim é o refrão e o breakdown no fim, porque a letra faz pouco sentido na minha cabeça limitada.
Pelamordi: Essa foi uma das que menos me chamou atenção, mas não considerei ruim, mas acho que faltou algo (acho que ela só queria mesmo meter o bendito unicórnio mesmo). 

Heavy Metal Lover
Diego: Adorei os mil efeitos que colocaram na voz dela nessa faixa. E também curti o "oooooooo" no refrão (quando você ouvir vai saber da parte que tô falando). Em termos de temática, é o "S&M" da Gaga (quem vai fazer o mashup?).
Pelamordi: Pessoal, essa é uma das minhas preferidas. Achei arrojada, bem produzida e...sensual. Estou ouvindo sem parar. E, duvido você não ficar com o gemidinho na cabeça e o "ohhhh ohh ohhh...".  

Electric Chapel
Diego: Um convite pra se encontrar com a Gaga é sempre legal. A batida lembra um pouco Eurythmics e as letras usam algumas referências religiosas, mas de maneira legal. E re-usando a expressão "holy fool" de "Judas" é legal também. Enfim, tudo é legal em "Electric Chapel".
Rafael: Esta faixa traduz bem a atitude Heavy Metal que Gaga tem sem precisar exatamente produzir uma faixa com tal sonoridade. É bem produzida e as guitarras dão um tom muito gostoso nessa faixa extremamente dance. 

Yoü and I
Diego: Já amava essa canção desde o ano passado, na apresentação no The Today Show. Era uma balada linda no piano, então esperava um "Speechless" 2.0 aqui. Estava enganado. No álbum, as batidas são fortes, a banda marcante e Gaga bem mais louca no piano. Me apaixonei muito mais.
Pelamordi: Sei que ela já fez outras canções "piano + voz= amor", e acho que essa fórmula sempre irá funcionar. Eu não queria ouvir ao vivo pois sabia que ia valer a pena esperar para ouvir a versão final e, sim, valeu a pena. Linda.

The Edge of Glory
Diego: A faixa mais épica do álbum. A canção vai crescendo até chegar o refrão. Quando você pensa que não pode ficar melhor, aparece um solo de saxofone (o que?! como assim?!). Assim. E pior que faz sentido e Gaga prova que fica cada vez melhor.
Pelamordi: Gaga já falou tanto de putaria nas faixas dos álbuns anteriores e esta faixa veio firmar que ela é um ser humano delicado e tem um coração enorme. O instrumental é maravilhoso e esse sax super me lembra os anos 80. Me esfaqueou com amor. 


Ouvindo agora o cd por completo consigo entender a mensagem de Gaga de semanas atrás, que dizia que o disco era um Grande mensagem de amor para os fãs, sobre se amarem como eles são e que foi feito para eles.

Born this way nos leva a uma viagem aos anos 80 e 90 com seu ritmo dance, cheio de guitarras e até saxofone (!). É difícil se manter parado ouvindo essas faixas, feitas com muito cuidado e com uma produção impecável.

Gaga viaja em suas letras pelo amor próprio, religiosidade, sexo e amor ao próximo. Muito amor.




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UPDATE:
Confira o excelente, gosmento e funcional encarte do álbum aqui:

2 comentários:

  1. Eu não tinha gostado de "The Edge of Glory" até ouvir ela encaixada no cd, e como já disse pro meu namorado uma vez, finalmente entendi o material gráfico do cd e maldita moto que tinha odiado tanto no começo.
    O cd foi muito bem produzido, faixa a faixa. Difícil acontecer de eu gostar de um CD inteiro, até The Fame Monster pecou comigo com Teeth, mas Born This Way é um sucesso embora a própria música não tenha agradado tantas pessoas.
    Judas é uma de minhas favoritas, sem dúvidas. Metáforas são metáforas, acho a música muito digna embora cause certo "estardalhaço" na sociedade, nào vejo problema em cantar "But I'm still in love with Judas, baby" Todas canta.
    "Schiße" é minha favorita deste cd. O trecho "I wish I could be strong without the scheiße again" não é apenas para as mulheres, mas tbm para os serelepes (como o próprio blogueiro chama, e acho tendência kkk) que ainda não conseguiram seguir em frente depois dos "schiße" da sua vida.
    Com essa faixa muitas pessoas vão encontrar forças pra seguir em frente, pensamento meu, claro.

    No geral. Vou comprar a deluxe edition claro.

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  2. Engraçado ter visto justo um comentário do meu namorado, o Rodrigo daí de cima, kkkk, sobre um álbum que já nos marcou tão positivamente ^^

    Acho Gaga cada vez mais foda, e diria que minhas prediletas são justamente as faixas em que o amor é tema central, ainda que ele seja tratado num climão bem explosivo e até divertido. São elas - Unicorn Highway, terminando com um órgão MARAVILHOSO, e The Edge Of Glory, que me ganhou na primeira audição!!!!

    Ouvir saxofones numa faixa pop nunca me pareceu tão cabível, ainda mais se você como eu considera esse instrumento bem breguinha (Alô Kenny G? rs), e acho que o mérito de Gaga em Born This Way é justamente ser exagerada em suas escolhas, e não parecer excessiva, mas arrojada ;)!

    Resumo: AMEI.

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