Eu devo ser uma das poucas pessoas – se não a única – a dizer que fazer um festival em parque de diversão me brochou, olha. Ter que atravessar um parque para poder chegar a outro palco não me agrada, sentar no asfalto do estacionamento onde foi montado o palco principal também não me deixou realizada. O espaço do parque em si é pequeno, é um amontoado de brinquedo que incomoda um pouco a visão, e as misturas de músicas enquanto nenhuma atração começava incomodava os ouvidos.
O portão abriu 13h. O palco principal só abriu 15h40, vinte minutos antes do show de abertura do dia. A fila era basicamente de fã do Strokes. Brasileiro gosta de se meter em fila, hein? Quando finalmente cheguei a certa proximidade do palco, estendi meu lenço/toalha no asfalto para relaxar, pois queria curtir o show do Criolo. Vocês já ouviram Criolo? Ele agora é hype. É até chato falar que curto, porque todo mundo fala que curte, todo mundo fala que é foda. Mas assistir ao show dele, com a banda, me agradou. Fez-me entender o que era ele no palco. Ele ali, naquela tarde de sábado, fez com que eu sentisse que não tava tão à toa por ali.
Nesse meio tempo de festival rolando, vi que – apesar de fazer com que os “estrouquetes” ficassem naquela fila sem fim pra poderem ficar grudadinhos na grade – a organização estava sintonizada. Os shows não tinham atrasos, comprar bebida/comida estava fácil, ir ao banheiro realmente era uma operação rápida. Era nesses pequenos detalhes, que só aqueles que vão a um festival pelo festival e não só por uma banda, que víamos o porquê do festival ser sempre tão elogiado.
Aí começou Nação Zumbi que estava de parabéns, eu realmente curti o início do festival. Eu estava em sintonia ali, mas depois... Eu queria assistir Broken Social Scene, confesso. E fiquei meio de banda. A banda é boníssima, me agrada, mas sabe quando não parece encaixar na atmosfera que está? Pois é, os shows não pareciam fluir e isso me tirava o ânimo. Como li em alguns cantos, realmente esse ano o line up do Planeta Terra não era um dos mais fortes.
O público que estava no Main Stage era esperando pelo Strokes, e fã de Strokes é como qualquer outro fã fanático: não sabe respeitar o artista que tá tocando antes da banda que idolatra. Não sabe se divertir e prestigiar. Fica lá, parado, encarando o nada como se estivesse sendo obrigado a escutar as bandas que antecediam o show que esperava. E isso desmotiva demais você que está assistindo um show rodeado de fãs desse naipe.
Fugi pro outro palco pra prestigiar Goldfrapp. Gente, Alison Goldfrapp é diva com sua roupa de vhs, mas... E o playback? O público não se importava. Lá no indie stage, todos pulavam, cantavam – qual fosse a banda, a empolgação existia. Mas depois, me peguei e refleti: playback em todas as músicas? Momentos de tensão pensando que fui enganada, mas relevei porque foi divertido.
De lá voltei pro palco principal, mas eu já não tinha mais saco – admito. Tava rolando Beady Eye, um show redondo, com a qualidade da banda, mas desmotivado. Liam Gallagher a cada música estava fechando a cara, pois sentia a antipatia do público para com a sua banda. Terminou o show, sem nem sorrir. Como sorrir pra um público que não dá chance pra você, né não?
E quando o show acabou já não agüentava mais. Arrependi-me de dizer que ia esperar pelos outros para ir embora. Aí foi a espera pelo início do show do Strokes. O tão esperado show pelos fãs que estavam tão apáticos durante aquele dia inteiro durante a apresentação dos outros artistas. Eu confesso: dormi durante a espera e acordei na terceira música deles. No susto, por causa dos gritos.
E quando o show acabou já não agüentava mais. Arrependi-me de dizer que ia esperar pelos outros para ir embora. Aí foi a espera pelo início do show do Strokes. O tão esperado show pelos fãs que estavam tão apáticos durante aquele dia inteiro durante a apresentação dos outros artistas. Eu confesso: dormi durante a espera e acordei na terceira música deles. No susto, por causa dos gritos.
Strokes é uma parada delicada. Vai eu falar mal da tão banda que ia salvar o rock, né! O Casablancas estava muito estranho, minha gente. Inchado, em um efeito meio Axl Rose – como disse Hick Duarte do Move That Jukebox (http://movethatjukebox.com) no review do festival – e isso é bem tenso. Eu sei que eles são relevantes, admito que curto o segundo álbum... Mas né, queria mais de um festival.
O festival não foi redondinho. Teve seus pontos bons e ruins. Mas não dá pra agradar a todos, não é? Mas ano que vem tem outra edição e é esperar por um bom line up, e prestar atenção na venda desses ingressos tão desejados...
Bruna Cabo Verde
@luxuryboxx_
Fotos: Ihateflash
Bruna Cabo Verde
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Fotos: Ihateflash
Seria desnecessário eu perder o ano que vem! E tenho dito...
ResponderExcluirNossa, realmente esses fãs apáticos é de f****