Hoje vamos de rimas rápidas, pouca melodia e muito discurso. Aumenta o volume do som e abre o guarda-roupa que hoje o estilo de se vestir é o Rap. E o cantor da vez é o Criolo, compositor da música de sucesso em 2011 – “Não existe amor em SP.”.
Saiba aqui no post Oxique como ser um rapper sem ser necessariamente 'mano' e um pouco mais sobre o cantor Criolo.
Na batida do Rap
O rap geralmente é cantado e tocado por uma dupla (DJ – responsável pelos efeitos sonoros e MC – responsável pela letra cantada). Esse estilo musical que surgiu na Jamaica em 1960 com o nome de rhythm and poetry, significando ritmo e poesia.
No Brasil o rap teve um surgimento tardio, em 1986, e uma discriminação, pois as pessoas consideravam as letras das músicas violentas e tipicamente de periferia. Já na década de 90 o rapper ganhou as rádios com Racionais, Gabriel o Pensador e Chico Science & Nação Zumbi.
Leia mais sobre a história do Rap –Rap no Brasil e no mundo
O estilo de rua
O rap é um estilo completamente de rua, ou seja, urbano. Muito street e tem como referência fortíssima roupas mais largas e folgadas. Mas os rapper’s atuais, como Marcelo D2 e JayZ, andam mudando esse contexto e modernizaram o guarda-roupa.
Camisas grandes e folgadas passaram a serem compostas com calças mais rentes ao corpo. Gravatas foram incrementadas em looks, assim como o suéter começou a fazer parte desse guarda-roupa. Ternos passaram a serem usados em premiações, mas claro com um toque de estilo nos pés através de tênis, correntes e colares nos pescoços. Outra referência marcante desse estilo são os brincos.
O Street Wear vai na direção contrária do visual arrumadinho, certinho. As roupas são largas, descombinadas, descomplicadas. Esse estilo tem o olhar voltado para a rua, para comportamentos e atitudes das massas. É o desejo do exclusivo, da criação de cada um, de impor seu estilo e sua marca pessoal.
Criolo
Conhecido através do seu disco ‘Nó na Orelha’, Criolo (Kleber Gomes), de 35 anos, ganhou visibilidade e sucesso com a canção: ‘Não existe amor em SP.’.Seu disco já teve mais de 80.000 downloads e pode ser baixado no site do artista (www.criolo.art.br).
“O Criolo trouxe a bagagem do hip-hop para uma música mais popular”, afirma Daniel Ganjaman, produtor do último disco do artista em entrevista para a revista Veja.
O rapper traz um apurado talento para o texto e fala de diversos temas, sempre com referências da cultura pop e um tanto de autobiografia. Em “Lion Man” discorre sobre a labuta de cantor independente, e entre críticas ao sistema atual, vai levando o ouvinte numa releitura do Hip Hop básico: rima cadente, batida uníssona e viciante. Quando se arrisca a ousar dentro do estilo, Criolo também se dá bem. (Leia mais sobre o álbum de sucesso – Nó na orelha)
O rap do marginal ao cool
O rap hoje é cool e através de Criolo ganhou o status popular em 2011 e consagração com uma homenagem de Chico Buarque: "Era como se o camarada dissesse: 'Bem-vindo ao clube, Chicão, bem-vindo ao clube'. Valeu, Criolo Doido! Evoé, jovem artista. Palmas pro refrão do rapper paulista.".
Leia mais sobre a consagração de Criolo como artista do ano – A canção do rap
Na humildade o rap ganhou sucesso
O rapper Criolo que não sabe tocar nenhuma nota musical disse que isso não o impede de criar arranjos: "vou com humildade e peço licença e mostro como eu quero tal instrumento, falo que o contrabaixo vai assim, a bateria de outro jeito. Música é música antes de se ter linguagem. Eram só grunidos em músicas no rituais xamânicos. Não havia linguagem, mas o balbúcio". (Entrevista para o site Terra).
Ainda não conhece Criolo?Não existe amor em SP - Vídeo e música
Freguês da Meia Noite - Clipe mais
Mauricio Pascoal
@MauPascoal
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