12/01/2011

Primeiro show do ano: AMY WINEHOUSE e JANELLE

Seus lindos, foi dada a largada pra 2011 oficialmente!
Então vamos começar.
Ontem sai do flat rumo à peregrinação ao show da Amy Winehouse. Minha peregrinação durou TRÊS HORAS. Reflitam
Chegando ao HSBC Arena pensei que tudo seria mais fácil. Errado. A chuva estava caindo, já ia dá 21h e tinha uma fila sem precedentes na entrada. Daí você pensa: “a fila é porque a entrada é rigorosa, e pa...” Não minha gente, a fila é por pura lerdeza da organização do HSBC Arena. Ninguém revistou minha bolsa, e nem pediram minha identidade ou carteira de estudante pra saber se eu era eu. 
Beleza, entrei. Juro que senti que tinha vencido a São Silvestre – como diria minha melhor amiga. Fui correndo, louca, atrás de um banheiro. Porque vamos ser sinceros: depois de três horas pra chegar à porra desse lugar, eu precisava ir ao banheiro. Daí o HSBC Arena ganhou um ponto: o banheiro era limpo. Em seguida pensei “beberei para cantarolar com a linda da Janelle!”. Aí novamente o HSBC Arena surpreendeu e ganhou mais um ponto: tinha vários bares. Não peguei fila pra comprar minhas fichas. Mas como o mundo dá voltas, os pontos foram perdidos por uma simples coisa: a cerveja era Antarctica e o refrigerante era Pepsi
Mas até aí, aceitei isso pra minha vida. O bom foi chegar, perder só uma música da Janelle Monáe e curtir sem aperto o show. O HSBC Arena estava realmente lotado. Mas dava pra ficar em lugares sem estar apertado e curtir o show muito de boa.
Agora vamos ao assunto de verdade? Parei de falar da minha aventura. 
Eu digo que a Janelle Monáe é incrível. O show contagiava, dava vontade de dançar na loucura que nem ela dançava. Ritmo, simpatia, e uma voz surpreendente ao vivo. Posso dizer? Gamei no sorriso dela, é contagiante! Se rolasse um show só dela, ela segurava. Mas grande parte do meu ingresso valeu quando ela cantou Mushrooms And Roses. O que é ela cantando essa música ao vivo? Dava pra sentir, a letra é linda, ela é linda e a voz dela... Meu coração tava agitado enquanto escutava essa música. 
Ela cantou doze músicas, foi um show de uma hora bem digno. Ela ficou descabelada, caiu no chão com a banda, fez um micro moonwalk, rio, estava animada e animando uma arena lotada. Muitas pessoas nunca tinham ouvido falar dela, mas simplesmente se apaixonaram. Eu gamei só mais um pouquinho, porque ela não me surpreendeu – ela me encantou de vez. Já pode ter só show dela no país?
Agora Amy Winehouse. Pensei que ia esperar mais. 40 minutos depois, as luzes se apagam e a banda começa a entrar. Público fica louco, ovacionando todos e ela entra. Ela entra meio desconfiada, até que meio receosa. Ela começa a cantar e a gente nota que naquela mulher que é só cabelo, tem uma voz realmente potente e é tímida, quase que assustada com todo o público que foi prestigiá-la na noite chuvosa de ontem. Winehouse tem sorte de ter duas coisas: a voz fantástica dela e uma banda que realmente gosta dela. Porque pra apoiar uma pessoa tão frágil como ela, só tendo muito jogo de cintura.
Ela começou com Just Friends, mas pra mim o show começou quando ela cantou Back To Black. E você olhava para ela e via como é doloroso. É doloroso lembrar daquilo que machucou, doeu e que não é fácil ficar falando sobre essas coisas. Ela cantava e eu não conseguia não notar o quão triste é cantar essa dor que parece ainda tão presente. E eu senti. Porque meus queridos, não tem como não sentir todos os versos dessa música. 
Passado esse momento intenso, vem os momentos que você nota que ela não consegue lembrar as próprias músicas que escreveu. Fica meio perdida, mas como disse: ela tem uma banda que gosta dela e cuida dela. Que ajudam e realmente estão lá pra apoiar. Em meio a gargarejos com chá de gengibre (é os boatos), as tentativas máximas para conseguir mostrar presença, ela surpreendeu quando cumprimentou o público (pois no show passado não o tinha feito) e dançou desengonçadamente - e em alguns momentos sorria. Sorria parecendo feliz e não forçando o ânimo. 
O show aumentou alguns minutos, ela parecia estar mais solta – mas a sua timidez era evidente. Na hora de Rehab ela esqueceu a letra, mas estava ali mostrando que realmente tinha dito não, não, não. O público ovacionava porque ela realmente estava ali. No fim, ela jogou tudo pro ar e virou uma cerveja – porque ninguém é de ferro. 
Todos esperavam mais. A gente sempre espera mais. Só que ela realmente tem a voz que a gente ouviu nesses anos em CDs e apresentações. Agora é esperar um trabalho novo, com tanto sentimento quando foi visto no Back To Black, e com tanto sentimento que foi visto nos olhos dela nessa última noite. 
Mas eu só queria uma Amy mais feliz, porque ninguém merece tanta dor em quinze músicas, né mesmo?

SET LIST JANELLE MONÁE:

1. Suite II Overture
2. Dance or Die
3. Faster
4. Locked Inside
5. Smile (Charlie Chaplin Cover)
6. Sincerely, Jane
7. Wondaland
8. Mushrooms & Roses
9. Oh, Maker
10. Cold War
11. Tightrope
12. Come Alive (War of the Roses)

SET LIST AMY WINEHOUSE:

1. Just Friends
2. Back to Black
3. Tears Dry On Their Own
4. Boulevard of Broken Dreams (Tony Benette Cover)
5. Outside Looking In
6 Lovers Never Say Goodbye
7. I Heard Love is Blind
8. Some Unholy War
9. Everybody here Wants You (Zalon Thompson)
10. What a Man To Do (Zalon Thompson)
11. Rehab
12. You Know I’m No Good
13. Valerie
14. Love is a Losing Game
15. Me & Mr Jones

Por Bruna Cabo Verde

3 comentários:

  1. Uma pena ela triste assim;
    de certo deve ter sido fantástico.
    Mas acho que depois desse post estou mais curioso pra ver o show de Janelle do que de Amy. haha

    ResponderExcluir
  2. Inveja define? rs

    Fico feliz de vc ter assistido a este show, quero te ouvir contando para mim agora em março - com direito a muito vinho :p

    ResponderExcluir
  3. O setlist da Amy está incompleto.

    ResponderExcluir

O que você acha?