14/11/2013

E o novo disco da Avril Lavigne? Vem ver o que achamos dele!

Mais uma vez temos o convidado e praticamente membro do Pelamordi, Diego Toledano, comentando mais uma vez sobre um lançamento. Desta vez ele fez a resenha do disco "Avril Lavigne" da própria. Confiram:


Estamos vivendo um ótimo momento na história da música. Digo isso sem medo dos vários comentários ou pensamentos que possam surgir em relação à minha afirmação. Porém, algo é inegável: mulheres estão agora mais do que nunca dominando o mundo musical - e fazendo isso com música boa. Sou fã incondicional do estilo pop e vejo que o final de 2013 é o tempo dos lançamentos: ARTPOP, Britney Jean, Electric Lady, PRISM, Bangerz, Alive e outros lançamentos futuros (como o novo de Lily Allen. Aproveita e ouve o primeiro single aqui). Eis que (novamente), em meio a músicas dançantes com parte do foco em diversão sexual, Avril Lavigne aparece com seu jeito moleque com o álbum de mesmo nome para dizer que não é só porque ela dorme no formol que ela não vai apresentar desenvolvimento musical. 


Como de costume, fizemos a resenha no formato track-by-track, para que vocês lindos possam ter uma ideia mais aprofundada sobre o trabalho novo da diva pop-rock. Vamos lá: 

Rock N Roll: Onze anos depois de me dar o primeiro hino de ‘revolta' pré-adolescente, Avril vem e escreve essa música linda pros fãs sobre como tudo é diferente e autêntico quando está conosco (amém). A primeira frase dá vontade de colocar as roupas de 2002 e sair dando ‘middle finger to the sky’. Chiclete, revoltada, divertida e pop/rock do jeito que só Avril Lavigne sabe fazer.


Here’s To Never Growing Up: Pode fazer as piadas sobre ‘aaah, ela fez essa música porque não envelhece’, mas ninguém envelhece internamente, né? O início do quinto disco é delicioso justamente por isso: traz o senso de irresponsabilidade que a gente sente falta depois que começa a trabalhar e a pagar as contas. Acho que ela está exatamente nessa fase: de ver onde chegou com o trabalho e sentir falta de quando escrevia músicas pra se divertir com os amigos. Letras super divertidas, vocais açucarados e uma produção magnífica, viu?


17: Pega o banquinho e senta porque o flashback não acabou. Soa como primeiro amor, soa como boas memórias e tudo que a gente experimenta pela primeira vez quando tá na faixa dos 17 anos. Aqui, Avril mostra como o álbum é completamente relatable com toda a geração que cresceu com ela. 17 é, também, a faixa que faz a transição da Avril do pop-rock pra um lado mais sujinho que vai se desenvolvendo nas faixas seguintes.


Bitchin’ Summer: Desculpa, mas imaginei um clipe super Colbie pra essa faixa. Super verão californiano, a música me remete muito ao clima de luau  com todos ouvindo uma lóvisongue ao redor de uma fogueira. Isso não é nada ruim, pois vemos que a moça estava disposta a explorar várias nuances musicais. Fofinha, mas não a melhor do disco.

Let Me Go: Escrita pelo marido de Avril e o vocalista da banda Nickelback, ‘Let Me Go’ é a prova de que a interpretação de uma música é tudo na hora de salvar uma faixa. Sim, a canção tem bastante influência da banda mais detestada pelos rockeiros, mas Avril canta uma balada triste como ninguém (vide, ‘When You’re Gone’, ‘I'm With You’ e a mais recente ‘Wish You Were Here’). Ah, e o clipe mostra a moça toda crescida, como vocês podem ver/ouvir abaixo:



Give Me What You Like: Dixie Chicks, vocês resolveram produzir uma faixa pra Avril? Brincadeiras à parte, a faixa apresenta vários instrumentos típicos do country americano, além do vocal praticamente acústico de Avril durante a faixa toda. É a minha favorita quanto à composição, com versos lindos e uma sensualidade pura e simplesmente inocente. 

Bad Girl: Segura, que lá vem porrada. Você mal sai do clima relaxante de ‘Give You What You Want’ e voz macabra de Marilyn Manson sussurra nos seus ouvidos ‘Just lay your head in daddy’s lap, you’re a bad girl’ (#medo). A faixa é minha favorita no quesito de produção musical.  Dá pra identificar cada instrumento separadamente enquanto os vocais de Avril cantam versos bem provocantes, como ‘You can fuck me, you can play me, you can love me or you can hate me’. Pra mim, foi um pouco surpreendente vê-la dessa forma. Surpreendente e muito bom mesmo. 




Hello Kitty: sim, Avril Lavigne está usando dubstep e sintetizadores eletrônicos. Porém, ela faz isso com muita personalidade. Duvido se você não vai ficar cantando ‘Hello Kitty, Hello Kitty, you’re só pretty’no trabalho depois de ouvir a faixa uma única vez. É pra dançar, divertir; não pensar. 

You Ain’t Seen Nothing Yet: Escrita exclusivamente por Avril, essa é uma música linda sobre aquela sensação de descoberta de um amor. Se vocês, assim como, acompanham a carreira da canadense desde o início, sabem que ela escreve ótimas músicas românticas. ‘You Ain’t Seen Nothing Yet’ entrou pra minha lista de favoritas.

Sipping On Sunshine: A décima faixa do álbum é a bubble-gum pop do disco. Achei a faixa superficial, aquela que a gente ouve cantarolando enquanto tá fazendo alguma coisa. Não dá pra fazer um álbum carregado de informações, né, minha gente? É besta, mas não é uma faixa que dá pra pular no iPod.



Hello Heartache: Avril volta a ser profunda no finalzinho do disco. A 11ª música fala sobre como o adeus a um relacionamento é só o início de um longo processo de auto-conhecimento tortuoso. O coro church-like no início volta às raízes de igreja da moça e os vocais me lembraram um pouco de Alanis. A letra é pura poesia e os arranjos traduzem a dificuldade passada pela moça (we’ve all been there, done that).

Falling Fast: Aquele tipo de música que te faz querer sair pelas ruas em um dia chuvoso à procura de um amor. É uma verdadeira oração pra quem está no início de uma relação. ‘I’m falling fast, I hope you know, I hope it lasts’. A voz e os instrumentos tímidos deram o toque jovial e temeroso que sentimos em todo início de amor. 

Hush Hush: A última é sobre o famoso pé-na-bunda que todo mundo já levou na vida e aquele momento em que você não quer mais ouvir uma palavra da pessoa, ou por falta de paciência ou porque a dor é muita no momento. Pianos lindo no fundo e letras sinceramente doloridas fecham o quinto trabalho de inéditas de Avril Lavigne, mostrando o amadurecimento da cantora. 



Posso falar? Melhor álbum da moça, na minha opinião. Porém, isso pode estar relacionado ao fato de estar em momentos parecidos da vida de Avril (mais pobre e com mais rugas, é claro). A questão é: Avril escreve sobre experiências reais com as quais podemos nos identificar e falar “caraca, é isso que eu tô sentindo!”

E aí, o que acharam? Comentem!

por Diego Toledano

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