01/11/2013

Resenha: Novo disco "Prism" da Katy Perry


Conheci a Katy Perry no final de 2008, quando o álbum ‘One Of The Boys’ ainda nem tinha sido lançado. O site contava apenas com uma foto da moça usando uma banana como telefone e um player simples com o primeiro single, ‘Ur So Gay’. Me apaixonei de cara pelo conceito divertido e colorido da cantora, e acompanhei de perto o desenvolvimento dela. 

Agora, poucos dias após o lançamento do terceiro disco da artista, vejo um amadurecimento lindo, tanto musical quanto pessoal. Acompanhem abaixo minhas impressões de cada uma das 16 faixas presentes na versão deluxe de Prism:

Roar - Todo mundo que já levou uma rasteira da vida precisa ouvir ‘Roar’. Assim como ‘Firework’, ‘Wide Awake’ e ‘Part of Me’, o primeiro single do Prism é uma faixa pra você ouvir com uma lágrima no canto do olho e vontade de vencer. “You held me down, but I got up already brushing off the dast” simplesmente faz você se sentir melhor quando acompanhada pela produção de Max Martin. Não é à toa que música permanece na lista de mais vendidos no mundo todo dois meses após o lançamento. (Só queria um clipe menos infantil, mas tudo bem, né?)


Legendary Lovers - Katy Perry mergulha fundo no mundo oriental na segunda faixa do álbum. ‘Legendary Lovers’ traz letras que falam bastante sobre o lado espiritual de um romance (I never knew I could see something so clearly looking through my third eye/Never knew karma could be so rewarding and bring me to your light). Os instrumentais orientais típicos da Ásia dão a ambientação desejada pela moça. Já dá pra imaginar Lyric Video no estilo Kung-Fu Panda caso a faixa vire single, hein? Ah, e a produção é do ótimo Dr. Luke, que, em parceria com o Max Martin, ajudaram tia Britney Spears a se tornar um ícone da música pop.


Birthday - Mano, pega teus álbuns de fotos da infância, separa os melhores looks dos anos 90 e se veste pra ouvir ‘Birthday’. Com o mesmo intuito de fazer você party hard trazido em ‘TGIF’ do ‘Teenage Dream’, a música escrita por Katy ao lado de Max Martin remetem você à década que está voltando à moda na indústria musical. Divertida, bubble-gum pop. É pra se divertir sem pensar muito (or not at all). 




Walking On Air - Segura o mullet que a vibe da década de 90 ficou ainda mais forte. Nessa faixa de exaltação ao namorado, Katy traz falsetos super afinados acompanhadas de uma produção límpida do Max Martin. E a bridge “heaven is jealous of our love, angels are crying from up above” seguida do vocal potente fecham o sucesso da faixa, lançada como singel promocional do disco há algumas semanas. (Cuidado, é música chiclete e você vai querer deixá-la stuck on replay).





Unconditionally - Lançada há duas semanas como segundo single do Prism, essa faixa é a segunda balada mais linda do álbum. Enquanto alguns dizem que ela fala sobre o amor entre casais homossexuais, eu vejo a faixa simplesmente como uma declaração de amor a qualquer pessoa, seja um namorado ou uma avó. A música mostra todo o talento de Katy como compositora, além de deixar bem claro que a moça tem feito coaching vocal e tem melhorado os vocais. Linda, bravo! 


Dark Horse - GaGa tem ‘Sexxx Dreams’, Xtina tem ‘Sex For Breakfast’ e agora Kátia tem ‘Dark Horse’, sua música para ~coisar~. Nessa mistura agridoce de pop e hip hop, Katy traz o canto sussurrado mais lindo que já ouvi na carreira da moça. O breakup com o Russel (ugh) fez a moça se valorizar. “Are you ready for a perfect storm? Cuz once you’re mine there’s no going back”. Todo mundo que levou um pé na bunda e precisa elevar a autoestima ouvindo essa música, pfvr. 

This Is How We Do - Não vou mentir: ouvi essa música pela primeira vez no shuffle do iPhone e pensei ‘wait, quando a Ke$ha lançou música nova?’. Pra um álbum que prometia ser mais maduro, achei a faixa bestinha (sorry, Katy Kats). Ah, mas ela salva a faixa com espontaneidade, falando com o ouvinte e com o DJ. “No, no, no! Bring the beat back!”. É uma faixa OK que você vai pular quando estiver sem tempo pra ouvir o álbum completo. 



Internacional Smile - Katy fica toda teen à la ‘You Belong With Me’ da Taylor Swift nessa música. A faixa fala sobre uma mocinha que viaja pelo mundo inteiro, deixando todos boquiabertos com seus ray-bans e lábios cor-de-pêssego (Katy. Hello?). Todas as garotinhas de 13 anos dançando no quarto, pfvr. Ok, você também pode desativar o Last.fm e dançar com esse guilty pleasure. Ah, e a bridge tem voz autotunada no estilo Ke$ha. 

Ghost - Tia Kátia Peres acabou de lançar a sua música de breakup (pelo menos a minha). ‘Ghost’ é um tapa na cara do Russell, com versos como “You sent a text, it’s like the wind changed your mind” logo no início pra deixar bem claro pra quem a música foi escrita. ‘Ghost’ é mais uma prova de que Katy é uma compositora que sabe fazer com que pessoas se identifiquem com suas músicas.


Love Me - Katy virou seu mais novo guru do amor. Após passar por poucas e boas com Russell e John, ela ensina os românticos frustrados o primeiro passo para conseguir amor verdadeiro: amar a você mesmo. Por mais ~cheesy~ que possa soar, as letras não são nada superficiais e me deixaram emocionado de verdade. “I’m gonna love myself the I want you to love me”. (<3)

This Moment - Hipsters, saiam dos bares alternativos porque Srta. Perry tem uma faixa pra vocês. Todos os sons presentes em bandas como The Rival estão presentes em ‘This Moment’, uma música sobre esquecer do mundo e só aproveitar seu dia com seu significant other. (Não pude evitar de perceber a semelhança dos ‘tempos’ da música com o refrão de ‘Mannequin’, lançada em 2008 no ‘One of The Boys’).

Double Rainbow - Essa é definitivamente a ‘Thinking Of You’ de Prism. Romântica irremediável, Katy entrega a faixa mais linda do disco ao lado de Sia, responsável por músicas lindas do mundo pop, como ‘Diamonds’ da RiRi, além de prometer coisa boa com 'Perfume', próximo single de Neide Jean (Vamos fazer review desse também assim que sair, viu?).


By The Grace of God - Katy volta à raiz gospel lindamente. Gente, não tenho muito o que falar sobre as baladas a não ser que Katy se superou na composição dessas faixas. Sobre ‘By The Grace of God’, você tem que ouvir por conta própria e se identificar pra ter uma opinião. Linda, linda, linda. 

Spiritual - Hipster vibe is back. Ao lado no namoradinho John Mayer, Katy escreve sobre como o moço é um milagre e um presente de Deus. Não vou mentir: o som me lembrou uma demo não lançada de Evanescence. Não é uma coisa ruim, mas é legal ver Katy tentando coisas novas, inclusive em faixas bônus. 

It Takes Two - Ela tá tão madura, sabe? Na segunda faixa bônus do álbum, a cantora assume que é muito fácil colocar a culpa no outro lado do namoro sobre o final do relacionamento e AINDA.PEDE.DESCULPAS. Ah, e a curta bridge da música me lembra a parte do vocalista fo Fun. em ‘Just Give Me A Reason’, da P!nk. 

Choose Your Battles - Para encerrar a versão deluxe do álbum, Katy escolheu a fraquinha ‘Choose Your Battles’. Embora traga letras coerentes sobre um relacionamento difícil em que o outro não a vê como uma aliada, a batida é pouco envolvente e os vocais de Katy estão submersos em arranjos pouco trabalhados e em uma produção meio “sujinha”. Deveria ter parado em ‘It Takes Two’. 


Após ouvir o terceiro disco da carreira pop da Katy, a gente pode ver que a moça realmente se afastou um pouco das batidas comerciais e se aproximou de um estilo mais independente. Independente, sim; mas muito bem produzido. Prism é de longe o álbum com as letras mais maduras e elaboradas de Katy, mas fica um pouco atrás em relação ao Teenage Dream, de 2011, quando o assunto é a batida.

Mandem ver nos comentários abaixo e não se esqueçam de compartilhar a resenha nas redes sociais! 

por Diego Toledano

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