Aqui estou eu, em Recife, e nada como pegar um cinema quando você viaja, né? Seja para comparar a sala do cinema ou até mesmo conhecer um pouco do público de outra região.
Ontem tirei um tempo para assistir o polêmico filme Bruna Surfistinha, que conta a história de Raquel, uma garota de classe-média que deixa sua família e seu passado deprimente para viver de uma vida como garota de programa.
Eu saí chocado do cinema. Dentre reações que tive, nenhuma beirou o pensamento depreciativo sobre o filme. Começa pelo roteiro, que pode parecer previsível, mas é tão cru e brutal quando a realidade da personagem. Existem muitas cenas de sexo, mas ao contrário do que se pode pensar, não é nada excitante - numa das sequências cheguei a ter ânsia de vômito, pra vocês terem noção.
Trailer
A produção não peca, é realmente bem feito, bem filmado e bem editado. A trilha sonora é diferente, poderia ter sido clichê, mas é tão próximo a realidade da personagem que vai do brega "Te quero tanto" da Ritmo Quente a "Fake plastic Trees" do Radiohead.
Depois de todos esses quesitos técnicos, vamos com o principal: Deborah Secco.
Eu preciso destacar a atuação dela, que é realmente interessante e muito delicada. Apesar de parecer "fácil fazer cenas sensuais tendo um corpo perfeito", como ela tem. Eu não consigo imaginar o quão difícil deve ter sido fazer certas cenas de sexo e violência que ela fez neste filme. Ela merece ser reconhecida por este papel.
Entrevista com Deborah Secco
Bem, se eu pudesse falar algo para vocês seria "assistam, mas estejam preparados". Bruna Surfistinha é um bom filme, mas pesado - muito pesado. E ao contrário do que se pode pensar, não dignifica a vida de sexo em abuso, mas mostra todas as conseqüências desta vida, que além de perigosa é degradante.
Se você tiver menos de 18, não entre no cinema, ok? ;)
Por Rafael Froner
um filme que conta a vida de uma prostituta você tem que esperar cenas fortes, acho até que pegaram leve com a história, poderia ter sido muuito mais pesado que isso.
ResponderExcluirBom, achei o filme passável. Algo que vou lembrar no final do ano, mas longe de ser um dos melhores filmes brasileiros até agora.
ResponderExcluirAcho a Débora Secco fazendo papel de adolescente no mínimo risível. Ela tá totalmente seca naquelas cenas. Até convence, mas é estranho.
Acho q o filme poderia se chamar "Raquel", e não "Bruna Surfistinha". Partes do livro foram omitidas. Sei lá, me pareceu muito fraco. Esperava mais. Não mais pornografia ou algo do tipo, mas mais intenso. Afinal, era a vida de uma prostituta. Por isso acho q é mais Raquel e menos Bruna nesse filme, o que me tirou o gosto depois de vê-lo
Sim, eu tive preconceito.
ResponderExcluirAchei comico e vi o cinema brasileirop se rebaixando a filmes de Bruna Surfistinha, do interesse de Belo fazer um filme pra ele também.
Mas você tem credibilidade, e o post me instigou.
Irei assistir, talvez não no cinema. Mas irei, e aí digo aqui o que achei.
Abraços
Dihpardal, blogueiro do http://chooseyourtrip.blogspot.com
Concordo com você quanto a atuação de Deborah, foi a primeira vez que não teve aquele TÁ? gritando e ridículo que ela sempre faz. Pela primeira vez vi o personagem e não ela.
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