11/03/2011

[CINEMA]: Bruna Surfistinha, eu assisti!

Aqui estou eu, em Recife, e nada como pegar um cinema quando você viaja, né? Seja para comparar a sala do cinema ou até mesmo conhecer um pouco do público de outra região.
Ontem tirei um tempo para assistir o polêmico filme Bruna Surfistinha, que conta a história de Raquel, uma garota de classe-média que deixa sua família e seu passado deprimente para viver de uma vida como garota de programa.

"Que merda, né? Um filme falando sobre uma garota de programa, que país lindo nós temos né?" Confesso a vocês que este foi o meu primeiro pensamento, de total preconceito. Mas como sempre, procurei me pressionar contra isso e assistir o filme.

Eu saí chocado do cinema. Dentre reações que tive, nenhuma beirou o pensamento depreciativo sobre o filme. Começa pelo roteiro, que pode parecer previsível, mas é tão cru e brutal quando a realidade da personagem. Existem muitas cenas de sexo, mas ao contrário do que se pode pensar, não é nada excitante - numa das sequências cheguei a ter ânsia de vômito, pra vocês terem noção. 

Trailer

A produção não peca, é realmente bem feito, bem filmado e bem editado. A trilha sonora é diferente, poderia ter sido clichê, mas é tão próximo a realidade da personagem que vai do brega "Te quero tanto" da Ritmo Quente a "Fake plastic Trees" do Radiohead.

Depois de todos esses quesitos técnicos, vamos com o principal: Deborah Secco.
Eu preciso destacar a atuação dela, que é realmente interessante e muito delicada. Apesar de parecer "fácil fazer cenas sensuais tendo um corpo perfeito", como ela tem. Eu não consigo imaginar o quão difícil deve ter sido fazer certas cenas de sexo e violência que ela fez neste filme. Ela merece ser reconhecida por este papel.

Entrevista com Deborah Secco

Não posso deixar de destacar atuações como de Drica Moraes, Cassio Gabus Mendes e Fabiula Nascimento, que estão detonando. 

Bem, se eu pudesse falar algo para vocês seria "assistam, mas estejam preparados". Bruna Surfistinha é um bom filme, mas pesado - muito pesado. E ao contrário do que se pode pensar, não dignifica a vida de sexo em abuso, mas mostra todas as conseqüências desta vida, que além de perigosa é degradante.

Se você tiver menos de 18, não entre no cinema, ok? ;)

Por Rafael Froner



4 comentários:

  1. um filme que conta a vida de uma prostituta você tem que esperar cenas fortes, acho até que pegaram leve com a história, poderia ter sido muuito mais pesado que isso.

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  2. Bom, achei o filme passável. Algo que vou lembrar no final do ano, mas longe de ser um dos melhores filmes brasileiros até agora.

    Acho a Débora Secco fazendo papel de adolescente no mínimo risível. Ela tá totalmente seca naquelas cenas. Até convence, mas é estranho.

    Acho q o filme poderia se chamar "Raquel", e não "Bruna Surfistinha". Partes do livro foram omitidas. Sei lá, me pareceu muito fraco. Esperava mais. Não mais pornografia ou algo do tipo, mas mais intenso. Afinal, era a vida de uma prostituta. Por isso acho q é mais Raquel e menos Bruna nesse filme, o que me tirou o gosto depois de vê-lo

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  3. Sim, eu tive preconceito.
    Achei comico e vi o cinema brasileirop se rebaixando a filmes de Bruna Surfistinha, do interesse de Belo fazer um filme pra ele também.
    Mas você tem credibilidade, e o post me instigou.
    Irei assistir, talvez não no cinema. Mas irei, e aí digo aqui o que achei.

    Abraços
    Dihpardal, blogueiro do http://chooseyourtrip.blogspot.com

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  4. Concordo com você quanto a atuação de Deborah, foi a primeira vez que não teve aquele TÁ? gritando e ridículo que ela sempre faz. Pela primeira vez vi o personagem e não ela.

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